O terremoto de Kobe, em 1995, deixou mais de 100 órfãos, segundo o governo japonês. Mas "a recente catástrofe provocou danos muito maiores, e achamos que muito mais crianças perderam seus pais", lamentou o ministério da Saúde.
Os gêmeos Naho e Takahashi, de 13 anos de idade, têm certeza de que seus pais morreram, ao contrário de outras crianças, que vivem a tortura de não saber o que aconteceu com a família.
"Soubemos da morte de mamãe no dia 12 de março, e da de papai, no dia 14", conta a adolescente, que deve voltar à escola na próxima semana.
A casa da família foi destruída por uma enorme onda, que chegou a 23 metros de altura. Com exceção de Chakko, sua cachorrinha de estimação, restou pouco a estes dois órfãos para lembrar da vida que levavam antes da tragédia.
Depois que as ondas destruíram as barreiras construídas para proteger Rikuzentakata, transformando-a em um irreconhecível monte de destroços, Naho e Takahashi passaram uma noite gélida e cheia de angústia dentro do colégio onde estudam, ao lado de centenas de sobreviventes, sua tristeza é amenizada por causa de seu cãozinho Chakko.
"Estou feliz por ela ter sobrevivido", diz Naho, acariciando a cabeça do animal, que o pai conseguiu deixar em um lugar seguro antes de retornar à cidade em busca da mulher, que se refugiara em um centro poliesportivo acreditando estar a salvo do tsunami.
-Eu particularmente acredito que Deus sempre está por trás de todas as coisas e fez com que esse cãozinho sobrevivesse para amenizar o sofrimento de Naho e Takahashi
Fonte:Yahoo
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